Saúde dos povos de terreiro, práticas de cuidado e terapia ocupacional: um diálogo possível?/Health of worship place people, care practices and occupational therapy: a possible dialogue?

Autores

  • Maria Margarete Luiz de França Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL) - Maceió, AL, Brasil.
  • Sandra Bomfim de Queiroz Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL) - Maceió, AL, Brasil.
  • Waldez Cavalcante Bezerra Professor do curso de Terapia Ocupacional da UNCISAL - Maceió, AL, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.4322/0104-4931.ctoAO0583

Palavras-chave:

Política de Saúde, Diversidade Cultural, Povo de Santo, Terapia Ocupacional

Resumo

Este artigo é resultado de uma pesquisa realizada no terreiro de candomblé Casa de Iemanjá IyáOgun-Té, de nação Jejè/Nagô, e na Unidade de Saúde da Família Osvaldo Brandão Vilela, ambos em um bairro popular, hegemonicamente negro, do município de Maceió-AL. O objetivo foi contribuir com a fundamentação da atuação do terapeuta ocupacional na mediação dos diálogos necessários à implementação da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra, com enfoque nos povos de terreiro. Trata-se de um estudo qualitativo, de abordagem etnometodológica, no qual a observação participante, o diário de campo e as entrevistas foram usadas como fonte de registros e produção dos dados. Como técnica de verificação dos dados foi utilizada a análise de conteúdo, a partir da qual emergiram duas categorias temáticas: a relação dos adeptos do candomblé com as questões e espaços de saúde e a percepção dos profissionais de saúde sobre os usuários e a Política de Saúde Integral da População Negra, com enfoque nos povos de terreiro. Os resultados evidenciaram a maior facilidade dos adeptos do candomblé em transitar nos diversos espaços de saúde, elegendo o terreiro enquanto espaço de acolhimento e resolutividade para os processos de equilíbrio em prol da saúde. Por parte dos profissionais de saúde, emergiu o desconhecimento do contexto sociocultural dos usuários e das políticas afirmativas do SUS para Povos de Terreiro. Concluiu-se que tais saberes pouco dialogam, necessitando de mediações para tal.

Biografia do Autor

Maria Margarete Luiz de França, Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL) - Maceió, AL, Brasil.

Acadêmica do curso de Terapia Ocupacional da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL) - Maceió, AL, Brasil.

Sandra Bomfim de Queiroz, Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL) - Maceió, AL, Brasil.

Jornalista. Mestre em Educação pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e Especialista em Comunicação e Política pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Professora da UNCISAL – Maceió, AL, Brasil.

Waldez Cavalcante Bezerra, Professor do curso de Terapia Ocupacional da UNCISAL - Maceió, AL, Brasil.

Terapeuta Ocupacional. Mestre em Serviço Social e Especialista em Educação em Direitos Humanos e Diversidade pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Professor do curso de Terapia Ocupacional da UNCISAL - Maceió, AL, Brasil.

Publicado

2016-03-29

Como Citar

França, M. M. L. de, Queiroz, S. B. de, & Bezerra, W. C. (2016). Saúde dos povos de terreiro, práticas de cuidado e terapia ocupacional: um diálogo possível?/Health of worship place people, care practices and occupational therapy: a possible dialogue?. Cadernos Brasileiros De Terapia Ocupacional, 24(1), 105–116. https://doi.org/10.4322/0104-4931.ctoAO0583

Edição

Seção

Artigo Original