Produção de conhecimento, perspectivas e referências teórico-práticas na terapia ocupacional brasileira: marcos e tendências em uma linha do tempo/Knowledge production, perspectives and theoretical-practical references in Brazilian occupational therapy: milestones and tendencies in a timeline
DOI:
https://doi.org/10.4322/2526-8910.ctoAO1773Palavras-chave:
Conhecimento, Terapia Ocupacional/Tendências, HistóriaResumo
Ao longo de sua história, a terapia ocupacional brasileira vem incorporando e modificando perspectivas teórico-metodológicas e referenciais teórico-práticos em consonância com os contextos históricos, sociais e políticos. A produção acadêmica e profissional tem sido um importante vetor de divulgação de novos referenciais para a profissão. Este artigo visa apresentar a incorporação de perspectivas teórico-metodológicas e referenciais teórico-práticos pela terapia ocupacional brasileira de 1956 a 2017, em diálogo com marcos históricos, sociais e políticos, tomando como base os periódicos nacionais indexados da área e a literatura cinzenta para os anos anteriores a essas publicações. Trata-se de pesquisa teórica sobre os fundamentos histórico-epistemológicos da terapia ocupacional por meio de mapeamento e análise da produção para identificação de tendências e regularidades, visando produzir uma proposta de sistematização da incorporação de perspectivas e referenciais na área. O estudo identificou quatro movimentos principais: (i) Constituição das primeiras bases teórico-práticas da terapia ocupacional no Brasil; (ii) Problematização dos saberes e práticas da terapia ocupacional, a partir de aportes da Saúde Coletiva e das Ciências Humanas e Sociais; (iii) Constituição dos campos de saber e prática da terapia ocupacional por meio de contextualização sociopolítica, problematização teórico-conceitual e proposição de práticas emancipatórias; (iv) Intensa diversificação teórico-conceitual e metodológica na produção de saberes práticas de terapia ocupacional. Estudos panorâmicos da produção acadêmica e profissional são necessários às reflexões epistemológicas da profissão. O estudo identificou o surgimento do pensamento crítico na terapia ocupacional brasileira ao final dos anos 1970 e a continuidade de práticas, saberes, perspectivas e referencias presentes anteriormente.
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