Percepção de gestores acerca da atuação e inserção de terapeutas ocupacionais na atenção básica à saúde/Perception of managers about the practice and insertion of occupational therapists in basic health care

Autores

  • Erickson Franklin dos Santos Miranda Universidade Federal da Paraíba
  • Cláudia Fell Amado UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
  • Thayane Pereira da Silva Santos Universidade Federal de Pernambuco

DOI:

https://doi.org/10.4322/2526-8910.ctoAO1821

Palavras-chave:

Terapia Ocupacional, Atenção Primária à Saúde, Gestão de Serviços de Saúde

Resumo

Introdução: A terapia ocupacional é uma profissão da área de saúde que tem interfaces na educação e no campo social, cujas ações objetivam a participação dos indivíduos em ocupações cotidianas que promovem a construção de sua identidade, saúde e bem-estar. Sendo assim, o terapeuta ocupacional está apto para atuar em diversos pontos de atenção à saúde, dentre eles a Atenção Básica à Saúde. Nesse sentido, é importante que os gestores conheçam os profissionais, suas particularidades e a função que desempenham em cada equipe e serviço de saúde. O reconhecimento e valorização dos papéis desenvolvidos no âmbito da Atenção Básica por esses atores facilita o desenvolvimento de ações adequadas para cada coletivo em suas especificidades culturais. Objetivo: Descrever a percepção dos gestores de saúde da Atenção Básica à Saúde acerca da atuação e inserção da terapia ocupacional. Método: Trata-se de uma pesquisa descritiva exploratória de abordagem qualitativa, que foi realizada na Secretaria Municipal de Saúde e nos cinco Distritos Sanitários distribuídos no território de João Pessoa-PB, com gestores ligados à Atenção Básica no período de junho a agosto de 2018. Foi utilizada uma entrevista semiestruturada pelos pesquisadores e os dados foram analisados por meio da técnica de Análise do Conteúdo. Resultados: Participaram da pesquisa 18 gestores, de ambos os sexos. Percebe-se que os gestores compreendem que a terapia ocupacional está voltada para as atividades cotidianas dos sujeitos, para a adaptação de utensílios, mas a confundem com a fisioterapia. Quanto à contratação, referem que a mesma se dá por meio de seleção de currículo e entrevista, havendo influência de indicações políticas. Conclusão: Assim, devem ser ampliadas as discussões sobre a terapia ocupacional chegando até os espaços de gestão, no sentido de ampliar o reconhecimento e a inserção da profissão na Atenção Básica à saúde, visando um atendimento mais universal, equânime e integral que responda às necessidades dos usuários.

Biografia do Autor

Erickson Franklin dos Santos Miranda, Universidade Federal da Paraíba

Estudante do Curso de Terapia Ocupacional da Universidade Federal da Paraíba.Foi monitor da disciplina de Desenvolvimento Humano e Ocupação II, extensionista voluntário do projeto de Extensão Universitária Poesia Ocupacional e colaborador voluntário da pesquisa sobre a sexualidade de estudantes universitários cadeirantes. Possui interesses em estudos sobre Atenção Básica, Desenvolvimento Humano com ênfase na fase Adulta, atuação do terapeuta ocupacional na unidade de terapia intensiva adulto, sexualidade e cotidiano, proposta de redução de danos como atenção integral a saúde e gestão em saúde.

Cláudia Fell Amado, UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

Possui graduação em Terapia Ocupacinal pela Universidade Federal de Pernambuco (2008), é especialista em Saúde da Família, tendo cursado o Programa de Pós Graduação na modalidade Residência Multiprofissional em Saúde da Família pela Universidade de Pernambuco - UPE. Mestre em Saúde Coletiva pela Universidade Federal de Pernambuco.Atualmente, é docente do Departamento de Terapia Ocupacional da Universidade Federal da Paraíba. Já exerceu a função de Apoio Técnico à Coordenação do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) da cidade do Recife, ligada a Gerência de Atenção Básica

Thayane Pereira da Silva Santos, Universidade Federal de Pernambuco

Terapeuta Ocupacional pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB)-2016. Mestranda do Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva (PPGSC) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)- 2017- Linha : Ciências Sociais e Humanas na saúde. Professora Auxiliar A (Substituta) do Curso de Terapia Ocupacional da UFPB (de Novembro de 2016 à Abril de 2018).Membro do Grupo de Pesquisa sobre Políticas, Educação e Cuidado em Saúde (GPECS)- Grupo: Observatório em Saúde Mental. Pesquisadora voluntária do Observatório Nacional da Produção do Cuidado à luz do processo de implantação das redes temáticas do SUS: "avalia quem faz, quem pede e quem usa" da linha de pesquisa Micropolítica do Trabalho e Cuidado em Saúde da UFRJ (2015-2016). . Tem experiência em pesquisa e prática na área de saúde mental na atenção básica, terapia ocupacional na atenção em saúde mental, cuidado em saúde na Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) e Rede de Atenção às Urgências e Emergências (RUE). Desenvolve estudos sobre cotidiano, terapia ocupacional e políticas públicas de saúde, trabalho, saúde das coletividades, saúde mental e redes de cuidado no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

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Publicado

2019-09-30

Como Citar

dos Santos Miranda, E. F., Amado, C. F., & Santos, T. P. da S. (2019). Percepção de gestores acerca da atuação e inserção de terapeutas ocupacionais na atenção básica à saúde/Perception of managers about the practice and insertion of occupational therapists in basic health care. Cadernos Brasileiros De Terapia Ocupacional, 27(03), 522–533. https://doi.org/10.4322/2526-8910.ctoAO1821

Edição

Seção

Artigo Original