Terapia Ocupacional e Políticas Públicas de Saúde na Cidade de São Paulo
Resumo
Na gestão 1989 - 1992 da prefeitura de São Paulo iniciou-se a efetiva implantação do SUS, conforme prevê a Constituição de 1988. Foram criados serviços de atenção a saúde da pessoa portadora de deficiência, bem como a saúde da pessoa portadora de transtorno mental. Para tanto, ocorreu a contratação de varies profissionais da equipe interdisciplinar de saúde, dentre eles 0 terapeuta ocupacional, que foi incorporado de forma efetiva, naquela gestão, ao sistema publico municipal de saúde, Na administração seguinte (1993 - 1996), entre 1993 e 1995, houve um sucateamento das verbas destinadas para 0 setor, comprometendo a implantação do SUS e demais iniciativas, na área, do governo anterior. Em 1996 foi implementado 0 Plano de Atendimento a saúde - PAS, apresentado como uma nova proposta de assistência a saúde na cidade de São Paulo, que enfatizava 0 modelo de pronto-atendimento. Este sistema veio a restringir a assistência publica oferecida, resultando na retirada gradual dos profissionais de terapia ocupacional do serviço publico municipal. Pretendemos, com este trabalho, demonstrar as afirmações acima, a partir de estudos documentais e de pesquisa, e, principalmente, sensibilizar profissionais e estudantes para 0 fato de que 0 ideário político vigente permeia as relações profissionais e sociais, relacionando-se diretamente, neste caso, com a redução de espaços de trabalho do terapeuta ocupacional e com a diminuição da oferta de assistência equitativa a toda a
população, inclusive aos grupos populacionais que têm sido alvo tradicional das ações da terapia ocupacional.
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