Interseccionalidade: um conceito amefricano e diaspórico para a terapia ocupacional

Autores

Palavras-chave:

Terapia Ocupacional, Interseccionalidade, Epistemologia, Colonialismo, Racismo

Resumo

Este ensaio tem como objetivo apresentar o conceito de interseccionalidade, proposto a partir do feminismo negro, como ferramenta de pesquisa e análise, epistêmica e prática, para a terapia ocupacional brasileira e latino-americana. Partindo da ideia de amefricanidade, conceito apresentado por Lélia Gonzalez, como categoria para pensar a vivência de pessoas negras e indígenas localizadas num território colonizado, propomos reflexões para a terapia ocupacional aproximar-se das ocupações negras e indígenas, compreendendo os processos de ruptura e exclusão a partir das desigualdades raciais. Apresentamos reflexões do contexto internacional sobre interseccionalidade e colonialidade para a terapia ocupacional. Sem intenção de encerrar o debate, mas sim de reunir discussões já iniciadas, concluímos que o conceito de interseccionalidade interessa à terapia ocupacional à medida que auxilia a compreensão dos atuais processos de opressão diante do complexo sistema de opressão colonial, cis-heteronormativa, patriarcal, neoliberal, capitalista e capacitista, como compromisso ético e responsabilização técnica e profissional.

Publicado

2022-07-11

Como Citar

Ambrosio, L., & Silva, C. R. (2022). Interseccionalidade: um conceito amefricano e diaspórico para a terapia ocupacional. Cadernos Brasileiros De Terapia Ocupacional, 30, e3150. Recuperado de https://cadernosdeterapiaocupacional.ufscar.br/index.php/cadernos/article/view/3150

Edição

Seção

Artigo de Reflexão ou Ensaio