A branquitude e as dimensões do não-dito na/da terapia ocupacional

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/2526-8910.ctoARF270735311

Palavras-chave:

Terapia Ocupacional, Raça, Racismo, Epistemologia

Resumo

As reflexões apresentadas neste ensaio trazem um recorte do percurso de investigação da pesquisa “Racismo, branquitude e a produção de conhecimento da/na terapia ocupacional”, uma composição de diferentes fluxos, experiências, construções e encontros, mobilizadas pelo compromisso técnico, ético, estético e político de contribuir com o debate sobre o racismo, colocando em análise a branquitude da/na terapia ocupacional. Sob as pistas da pesquisa intervenção cartográfica, este trabalho teve como principal material as análises que emergiram do grupo de estudos BranquiTOde, organizado para debater sobre a temática proposta. Suleadas pelos “Estudos Críticos da Branquitude”, desafiamo-nos a olhar para nossa própria branquitude e nosso próprio racismo enquanto mulheres brancas, pesquisadoras e terapeutas ocupacionais, e, com base nessa inflexão, foram feitos diversos debates sobre o racismo e a branquitude que engendram as relações do/no campo. Ao aprofundar os processos de compreensão sobre como os sistemas hegemônicos produzem e reproduzem lógicas coloniais racistas, baseadas na ideia de supremacia racial das pessoas brancas, propomos algumas reflexões sobre de que maneiras as exclusões e desigualdades interferem diretamente nas atividades humanas das pessoas e coletivos dos sujeitos que temos o privilégio de acompanhar nos mais diferentes campos, práticas com a terapia ocupacional. Ademais, compreendemos que produzir questionamentos sobre as desigualdades raciais na universidade/terapia ocupacional significa questionar as epistemologias dos campos de conhecimento e abrir frestas para outras cosmovisões, outras perspectivas de mundo, de vida, de universidade, sendo uma aposta na invenção de outros modos de produzir ciência e epistemologias.

Publicado

2023-11-14

Como Citar

Porto, R. de M., & Silva, C. R. (2023). A branquitude e as dimensões do não-dito na/da terapia ocupacional. Cadernos Brasileiros De Terapia Ocupacional, 31, e3531. https://doi.org/10.1590/2526-8910.ctoARF270735311

Edição

Seção

Artigo de Reflexão ou Ensaio