Vivência de uma mulher autista em relação ao seu diagnóstico na idade adulta e as implicações para o seu desempenho social
DOI:
https://doi.org/10.1590/2526-8910.ctoRE279736403%20Palavras-chave:
Autismo, Diagnóstico Tardio, Terapia OcupacionalResumo
Introdução: As evidências indicam uma maior prevalência de autismo em homens do que em mulheres, isso é explicado como resultado de: (1) preconceito de gênero no estudo do autismo, (2) diferenças nas expressões do autismo de acordo com o gênero, (3) preconceito de gênero no diagnóstico, (4) estratégias de camuflagem e mascaramento em mulheres autistas e (5) comorbidades que ocultam o diagnóstico de autismo. Consequentemente, as mulheres são as que mais frequentemente vivenciam o diagnóstico de autismo na idade adulta. Objetivo: Conhecer a vivência de uma mulher autista diagnosticada na idade adulta, quanto à sua atuação ocupacional na área social. Metodologia: Estudo qualitativo, paradigma interpretativo e abordagem fenomenológica. Resultados: A entrevista foi organizada e analisada em três categorias: Pré-diagnóstico, Pós-diagnóstico e Compreendendo o diagnóstico na idade adulta na perspectiva de gênero. Os resultados demostram como a ausência de diagnóstico prejudica o desempenho social ao longo da vida. A confirmação do diagnóstico permitiu-lhe compreender-se e facilitar a sua relação com o meio ambiente. Conclusão: O diagnóstico de autismo na idade adulta afeta o desempenho social das mulheres que o vivenciam. Mais evidências precisam ser geradas a esse respeito.
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