Ocupações, liberdade e valores: um estudo de caso em uma Unidade de Terapia Intensiva Coronariana
DOI:
https://doi.org/10.1590/2526-8910.ctoAO282836791Palavras-chave:
Atividades Cotidianas, Logoterapia, Hospitalização, Terapia OcupacionalResumo
Introdução: O adoecimento pode ser um fator limitante para a realização das ocupações, principalmente quando se está internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O ambiente da UTI, que está associado à rotina rígida e procedimentos invasivos, pode trazer diferentes repercussões à pessoa internada. Nesta pesquisa, considerou-se a visão sobre a pessoa com base na Logoterapia e Análise Existencial de Viktor Frankl, que compreende o ser humano em sua totalidade e como capaz de suportar o sofrimento e encontrar o sentido da vida por meio da realização de valores. Objetivo: Compreender como se apresentam as ocupações para a pessoa internada em uma UTI Coronariana e abordá-las considerando a liberdade e os valores. Método: Pesquisa qualitativa, exploratória, descritiva, do tipo estudo de caso. Os dados foram coletados por meio de uma entrevista semiestruturada e uma atividade de expressão livre. Resultados: Observou-se que a rotina da UTI impacta as ocupações, assim como a ocorrência de perda da autonomia e independência e a manifestação de sentimentos de medo, ansiedade e isolamento social. Apesar disso, considerando a liberdade do ser humano que remete a dimensão noética, a participante se posicionou mediante as dificuldades realizando valores criativos, vivenciais e atitudinais. Conclusão: A forma como a internação em UTI impacta as ocupações pode ser modificada se a pessoa assumir uma atitude alternativa diante das condições dadas. Nesse contexto, o envolvimento em ocupações pode possibilitar a realização de valores, o que favorece o encontro de um novo sentido da vida.
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