Profissionalismo e controle disciplinar de terapeutas à margem
DOI:
https://doi.org/10.1590/2526-8910.ctoAO397538592Palavras-chave:
Prática Profissional, Conformidade Social, Justiça Social, Opressão Social, Terapia OcupacionalResumo
O objetivo de status profissional da terapia ocupacional acarreta custos. Os sociólogos argumentam que o “profissionalismo” convencem os trabalhadores a conformarem-se com as expectativas normativas de comportamento e desempenho, tornando-se um mecanismo de controle social. Essas expectativas performativas são estabelecidas por grupos socialmente dominantes, construindo terapeutas ocupacionais de grupos marginalizados como não-profissionais, a menos que possam lutar para outra conformação. Aqui exploramos os comportamentos específicos e as formas de corporificação que são codificadas como “profissionais” na terapia ocupacional, deixando grupos específicos de terapeutas ocupacionais sujeitos à disciplina através do conceito de “não profissional”. Conduzimos uma síntese interpretativa crítica da literatura indexada na CINAHL e EBSCOhost definindo comportamento profissional em terapia ocupacional (n=26). Também nos baseamos em entrevistas qualitativas aprofundadas com 20 terapeutas ocupacionais canadenses que se identificaram como racializados, de minoria étnica, deficientes, 2SLGBTQ+ e/ou de origem familiar da classe trabalhadora/empobrecida, explorando como o “profissionalismo” atua para disciplinar e controlá-los. Para ambas as abordagens, empregamos análise temática reflexiva. Os textos codificam o profissionalismo como incorporando comportamentos específicos e formas de corporificação baseadas nas políticas brancas e ocidentais de respeitabilidade. Alguns também conformam os terapeutas ocupacionais a nunca fazer com que a profissão 'pareça ruim’. Em nossos dados de entrevistas, os terapeutas ocupacionais de grupos marginalizados corriam o risco de serem interpretados como 'não profissionais' por terem corpos, aparências, apresentação de si mesmos, uso da linguagem da fala, emoções e emoções 'errados'. comportamentos e limites. Quando o “profissionalismo” exige a assimilação de padrões normativos que excluem determinados tipos de pessoas, restringimos o potencial da terapia ocupacional para abranger diversas formas valiosas de fazer, ser, tornar-se e pertencer. Existe um papel importante para a ‘resistência profissional’.
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