Perfis de funcionalidade e relação com óbito em idosos assistidos em Serviço Ambulatorial de Geriatria/Functionality profiles related to mortality in elders assisted in a Geriatric Outpatient Service
DOI:
https://doi.org/10.4322/0104-4931.ctoAO470Palavras-chave:
Idoso, Funcionalidade, Memória, Óbito, Ambulatório HospitalarResumo
Buscou-se avaliar o perfil funcional de idosos atendidos em nível ambulatorial (Ambulatório de Geriatria do Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas), relacionando-o com ocorrência de óbito. Foram avaliados os dados de 120 idosos (≥60 anos), através de critérios sociodemográficos, cognição pelo Mini Exame do Estado Mental, Atividades de Vida Diária (AVD), Atividades Instrumentais de Vida Diária (AIVD), autoavaliação de memória, sintomas depressivos, número de consultas e evolução para óbito em um ano. Utilizou-se a análise de conglomerados, os testes qui-quadrado ou exato de Fischer e o teste de Mann-Whitney para análise comparativa das variáveis entre os grupos (p < 0,05). A média de idade foi de 76,81 (±7,56) anos; 66,7% eram mulheres; 63,33% eram independentes para as AVD e 68,33% eram dependentes para as AIVD; 31,67% tinham sintomas depressivos; 30% apresentavam déficit cognitivo; 56,67% referiram dificuldade para lembrar fatos recentes; 83,33% não tinham dificuldade para lembrar fatos antigos; 6,67% morreram no primeiro ano. Evidenciou-se um perfil constituído predominantemente de idosos mais jovens, mais escolarizados, com dificuldade para lembrar fatos recentes e antigos, pior autoavaliação de memória e que evoluíram para óbito em maior proporção. O segundo perfil constituiu-se predominantemente de idosos mais velhos, mais analfabetos, com menos queixas de memória e que não evoluíram para óbito. Houve um grupo de idosos que sobreviveram até idade mais avançada e com melhor desempenho cognitivo. Considera-se a possibilidade de esse achado associar-se a maior capacidade de resiliência.
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