A ludicidade presente na vida das educadoras sociais: reflexos no trabalho com crianças abrigadas/Playfulness in the life of social educators: reflections on the work with children in shelters
DOI:
https://doi.org/10.4322/cto.2014.077Palavras-chave:
Cuidadores, Criança institucionalizada, Jogos e BrinquedosResumo
Educadoras sociais/cuidadoras são profissionais que cuidam física e emocionalmente das crianças em acolhimento institucional, sendo as responsáveis pelos cuidados diários de alimentação, higiene, bem como pelo afeto e pela ludicidade inerente a essa fase do desenvolvimento. Este estudo teve por objetivo investigar como a ludicidade está presente no trabalho e no cotidiano de oito educadoras sociais que têm por função cuidar de crianças abrigadas em uma instituição de acolhimento no município de Santos, SP. O desenho metodológico estruturou-se a partir de encontros semanais, nos quais houve a construção de narrativas orais das educadoras a respeito do brincar na sua infância, como ele continua nos dias atuais, sua concepção do brincar e como o brincar tem relação com sua função de cuidadora. Pôde-se verificar que para algumas educadoras o brincar na infância foi quase inexistente, mas conseguiram retomar sua função através dos filhos e laços familiares. Encontraram-se na instituição educadoras com excesso de responsabilidades na prática cotidiana e um número reduzido de profissionais, dificultando a relação adulto-criança. Como resultado observou-se que o brincar, em muitos momentos, fica dissociado da prática profissional. O cuidado com o brincar é uma das faces do acolhimento e do cuidado com crianças. O papel do adulto é fundamental para que a experiência de estar com o outro humano, em uma relação de confiança, possa possibilitar a criatividade de ambos – criança e adulto.
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