Ocupação como reprodutora de gênero: uma abordagem da masculinidade hegemônica
DOI:
https://doi.org/10.1590/2526-8910.ctoAO279936443%20Palavras-chave:
Masculinidade, Atividades Cotidianas, Identidade de Gênero, Ciência OcupacionalResumo
Introdução: O estudo da ocupação tem sido muito diversificado na Ciência Ocupacional. Dentro da sua multidimensionalidade, o estudo dos processos de socialização através da ocupação tem sido relevante, nomeadamente no que diz respeito ao estudo do gênero. Objetivo: Identificar os significados associados à masculinidade hegemônica na narrativa de homens adultos jovens. Metodologia: Este estudo exploratório-descritivo utilizou uma metodologia qualitativa com abordagem hermenêutica. A amostra foi do tipo intencional e foi composta por cinco homens adultos jovens que vivem na cidade de Santiago do Chile. Para a produção das informações, foi utilizada a entrevista em profundidade, aplicada em duas sessões. Para a análise, foi utilizada a estratégia de análise de conteúdo. Resultados: Da análise emergem três categorias: (a) poder e dominação na masculinidade; (b) transmissão da masculinidade através da ocupação; (c) masculinidade, heterossexualidade e homofobia. Conclusão: A forma de exercício da masculinidade hegemônica é através da ocupação. Os homens entrevistados estão conscientes da imposição de uma masculinidade hegemônica, identificando as lógicas de poder que os homens são obrigados a cumprir através de mecanismos de coerção e violência expressos nas ocupações quotidianas, num jogo permanente de aceitação e rejeição. A ocupação é a maneira pela qual o gênero é construído e o gênero é reproduzido por meio da ocupação.
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