Autopercepção de cirurgiões-dentistas e fisioterapeutas assistencialistas e docentes de instituições de ensino superior quanto à sintomatologia das cervicobraquialgias/Self-perception of dentists and physiotherapists assistants and professors of higher education institutions regarding cervicobrachialgias symptoms
DOI:
https://doi.org/10.4322/2526-8910.ctoAO1105Resumen
Introdução: As lesões por esforço repetitivo (LER) e os distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT) representam um problema de saúde pública e estão intimamente associados às atividades laborais. Muitos fisioterapeutas e cirurgiões-dentistas, que têm atuado também como professores, frequentemente submetem-se à excessiva carga de trabalho, tendo, muitas vezes, de conciliar a prática clínica de sua profissão com as atividades inerentes à docência. Objetivo: Avaliar a autopercepção de cirurgiões-dentistas e de fisioterapeutas que acumulam o cargo de professores com as suas atividades clínicas, quanto ao desenvolvimento de cervicobraquialgias relacionadas às atividades laborais. Método: Estudo de coorte transversal, descritivo, que compreendeu amostra de conveniência composta por 102 cirurgiões-dentistas e fisioterapeutas. Os 52 cirurgiões-dentistas foram subdivididos: 26 no subgrupo DAD (dentistas assistencialistas e docentes) e 26 no subgrupo DA (dentistas assistencialistas); e os 50 fisioterapeutas também foram divididos em dois subgrupos: 25 no subgrupo FAD (fisioterapeutas assistencialistas docentes) e 25 no subgrupo FA (fisioterapeutas assistencialistas). Foi utilizado o Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares (QNSO), adaptado e validado para o português. Resultados: Observou-se que, tanto nos fisioterapeutas como nos cirurgiões-dentistas, a dor se fez mais presente nas regiões de ombros, punhos/mãos/dedos e coluna cervical. Entre os DAD, constatou-se que 88,46% (46) confirmaram perceber uma relação entre a sua dor e a prática profissional, em especial nas regiões representadas pela coluna cervical, pelos ombros e pelos punhos/mãos/dedos (p < 0,001). O percentual de dor entre os grupos de fisioterapeutas e cirurgiões-dentistas docentes não apresentou diferença estatisticamente significativa, quando comparado aos fisioterapeutas e cirurgiões-dentistas assistencialistas (p > 0,05). Conclusão: Conclui-se que a queixa de sintomas osteomusculares foi elevada em FA e DA, principalmente, nas regiões dos ombros, dos punhos/mãos/dedos e da coluna cervical. O fato de acumular