Resumo de Dissertação e Tese: A Morbidade Hospitalar do Idoso no Município de São Paulo/SP, em 1996.

Resumen

Com objetivo de caracterizar a morbidade hospitalar do idoso ( 60 anos e mais), no Município de São Carlos/SP em 1996, foram estudadas todas as internações efetuadas nos dois hospitais existente neste município, segundo as seguintes variáveis: idade, sexo, residência, diagnósticos, tempo de permanência hospitalar, tipo de saída, fonte de financiamento de assistência à saúde e tipo de procedimento médio-hospitalar. Durante o ano 1996, ocorreram 4.125 internações (52,2% do sexo feminino e 47,8% do sexo masculino) de pacientes idosos residentes, que representou uma proporção de 18,45 do total geral de internações. A principal fonte de dados foi o Boletim de Coleta de Dados Hospitalares – CAH-106, da Secretaria de Estado da Saúde, que rotineiramente registra as saídas hospitalares no Estado de São Paulo. Outra fonte de dados complementar foi o Banco de Dados do Sistema de Informação Hospitalar – SUS (DATAUS- Ministério da Saúde) de 1996, que forneceu os dados dos pacientes idosos de internação ( CID-9) foram as doenças do aparelho circulatório ( 31,7%), os sintomas, sinais e afecção mal definidas ( 15,2%), as doenças do aparelho respiratório ( 13,6%), as doenças do aparelho digestivo (9,2%), as doenças do aparelho geniturinário (5,6%) e as neoplasias ( 4,9%) O sistema único de Saúde financiou 52,2% das internações, os convênios, 27,6%, e os particulares, 20,2%. A média de permanência hospitalar do idoso foi de 6,0 dias e o número médio de internação por paciente foi de 1,5 internações. Verificou-se um coeficiente de internação de 160/1.000 habitantes idosos. Uma proporção de 15,1% dos pacientes internados vieram à óbito, sendo que o coeficiente de mortalidade hospitalar foi de 10,4 óbitos por 100 internações. Estes resultados apontaram para a importância que o envelhecimento populacional tem significado para a área da Saúde Pública, expressando-se pela crescente utilização dos recursos hospitalares.