Política e resistência no lazer noturno homossexual/ Policy and resistance in the homosexual nightlife
DOI:
https://doi.org/10.4322/2526-8910.ctoAO2102Palabras clave:
Terapia Ocupacional, Atividades de Lazer, Atividades Cotidianas, Performatividade de Gênero, SexualidadeResumen
O objetivo deste estudo foi explorar, por meio de uma etnografia, a potência política do lazer noturno paulistano destinado aos consumidores de sexualidade e gênero dissidentes. Tomou-se o cotidiano como chave analítica, ensejando diálogos oportunos entre a terapia ocupacional e ciências sociais/humanas acerca das atividades em sua totalidade. Para tanto, buscou-se investigar os significados particulares que o termo resistência ganha neste contexto e, em segundo momento, abordar a dimensão político-corporal de algumas práticas de natureza afetiva-sexual no interior de algumas festas. A cena pop LGBT investigada era composta por cinco festas, três delas na região da Rua Augusta e duas no bairro da Barra funda. Tais lugares eram marcadamente juvenis, frequentados por homossexuais masculinos, vinculados ao estilo pop. Foram usadas entrevistas com DJs e produtores de festas e outras pessoas “da noite”, em complemento aos dados etnográficos. A análise se deu por meio de operações conceituais respaldadas nos Estudos Culturais, Nancy Fraser, em Michel Foucault, Giorgio Agamben. O termo “resistência” ganha significados contingenciais relacionados à disputa de representações de gênero nos palcos midiáticos. A visibilidade dos corpos de sexualidade dissidente transcende o domínio simbólico da estima social e reforça a noção de gênero como fenômeno público político. Além disso, práticas heterotópicas de natureza afetivo-sexual no darkroom podem revelar a potência política pela suspensão de dispositivos produtores de hierarquias sociossexuais.
Citas
.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2021 Cuadernos Brasilenos de Terapia Ocupacional
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.