“O capitão do mato não conta a história como ela foi” – reflexões sobre terapia ocupacional e cultura a partir da trajetória dos Ternos de Congada/ “The capitão do mato does not tell the history how it was” – reflections about occupational therapy and culture from the trajectory of Ternos de Congada

Autores/as

  • Amanda Queiroz de Souza Universidade Federal do Triangulo Mineiro
  • Heliana Castro Alves
  • Paula Tatiana Cardoso

Palabras clave:

Cultura, Terapia Ocupacional, Justiça Social

Resumen

 

Introdução: A terapia ocupacional, sob uma perspectiva crítica decolonial, problematiza suas ações na articulação entre justiça social e direitos humanos visando à democratização do acesso à produção cultural e valorização dos saberes, conhecimentos e práticas de grupos sociais historicamente excluídos. Propôs-se acompanhar a congada, uma manifestação artístico-cultural afro-brasileira presente na região Sudeste. Objetivo: Refletir sobre a atuação da terapia ocupacional no campo da cultura com base na descrição da trajetória e nas demandas políticas e sociais dos Ternos de Congada. Método: Estudo de abordagem qualitativa, com a utilização do método de histórias de vida. A coleta de dados consistiu na realização de entrevistas individuais registradas em áudio e observação direta dos eventos comemorativos. Resultados: A análise de dados gerou duas categorias: 1- “Cotidiano dos Ternos de Congada ontem e hoje: memórias e trajetórias”, que descreve o cotidiano e a trajetória dos Ternos de Congada, por meio das memórias afetivas dos participantes da pesquisa; e 2- “Institucionalidades e colonialidade na marginalização da cultura popular: conquistas e demandas dos grupos de congada”, abrangendo as relações dos grupos de Terno de Congada com o poder público local. Conclusão: O fazer ético-político da profissão, ao abarcar produções artístico-culturais forjadas no bojo do colonialismo, deve adotar uma nova postura epistêmica que ofereça centralidade às narrativas subalternas. Essa perspectiva abrange a compreensão de que a práxis cultural de grupos e comunidades tradicionais marginalizadas ganha contornos políticos e de identidade e memória histórica que devem ser contemplados na produção de conhecimentos e de práticas em terapia ocupacional.

Biografía del autor/a

Amanda Queiroz de Souza, Universidade Federal do Triangulo Mineiro

Graduada em Terapia Ocupacional pela Universdidade Federal do Triangulo Mineiro

Heliana Castro Alves

Doutorado em Psicossociologia de Comunidades e Ecologia Social pelo programa EICOS/UFRJ, professora adjunta do curso de graduação em Terapia Ocupacional da Universidade Federal do Triangulo Mineiro, Uberaba, Minas Gerais, Brasil.

Paula Tatiana Cardoso

Mestrado em Educação Especial pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro, professora adjunta do curso de graduação em Terapia Ocupacional da Universidade Federal do Triangulo Mineiro, Uberaba, Minas Gerais, Brasil.

Publicado

2021-09-22

Cómo citar

de Souza, A. Q., Alves, H. C., & Cardoso, P. T. (2021). “O capitão do mato não conta a história como ela foi” – reflexões sobre terapia ocupacional e cultura a partir da trajetória dos Ternos de Congada/ “The capitão do mato does not tell the history how it was” – reflections about occupational therapy and culture from the trajectory of Ternos de Congada. Cuadernos Brasilenos De Terapia Ocupacional, 29, e2883. Recuperado a partir de https://cadernosdeterapiaocupacional.ufscar.br/index.php/cadernos/article/view/2883

Número

Sección

Artículo original