Jovens (en)cena: arte, cultura e território/Young (in)scene: art, culture and territory
DOI:
https://doi.org/10.4322/0104-4931.ctoAO0667Palavras-chave:
Juventude, Arte/Cultura, Território, Terapia OcupacionalResumo
Este trabalho discute o lugar das invenções estéticas nos modos de subjetivação de jovens em contextos de vulnerabilização e violências. Pretende, ainda, refletir como as ações empreendidas por estes jovens podem transversalizar a discussão entre terapia ocupacional e cultura. Para tanto, trabalhamos com alguns fragmentos de histórias de vida de três jovens engajados em distintos coletivos culturais – sarau de literatura marginal, movimento hip hop e produção audiovisual – nos distritos da Brasilândia e Vila Nova Cachoeirinha, na zona norte da cidade de São Paulo, os quais pudemos acompanhar por meio de incursões etnográficas nas ações culturais que protagonizam ou das quais participam e de entrevistas em história oral. As produções de subjetividades juvenis têm se configurado como um território-vivo marcado por experiências não só de pobreza e violências, mas, sobretudo, de produções coletivas, criativas, formas inéditas de vida tecidas por meio de invenções estéticas na periferia, em que o estigma de ser jovem, negro e pobre dá lugar ao emblema, ao orgulho de ser da periferia. Este lugar-território emblemático aparece em destaque nos coletivos culturais, particularmente no Sarau Poesia na Brasa e no Cinescadão, duas estratégias de arte/cultura que invocam uma forma de resistência, transformando as experiências das violências e vulnerabilizações vividas na periferia em práticas éticas, estéticas e políticas.
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