O dançarinar como ato ético no acompanhamento de crianças em saúde mental/ Dançarinar as an ethical act in the follow-up of children in mental health
DOI:
https://doi.org/10.4322/2526-8910.ctoAO1945Palavras-chave:
Saúde Mental, Prática Profissional, Corpo, Dança, Terapia Ocupacional/EducaçãoResumo
Este artigo é um relato de acompanhamento apresentado na tese “Políticas do encontro e as forças selvagens na clínica infantojuvenil”, realizada no Programa de Pós-graduação em Psicologia da UNESP-Assis. Relata uma história composta por questões pertinentes à clínica da atenção psicossocial com crianças e jovens. A composição dessa história acolheu o desafio de desviar da narrativa de histórias únicas, da reprodução de somente um lugar majoritário, com o intuito de dar passagem a novas perspectivas, fazendo aliança com a ideia de minoração deleuziana. Na tese, chamou-se a complexidade de forças, atravessamentos e acontecimentos presentes nas situações dos acompanhamentos clínicos, que dão visibilidade aos diferentes modos de construir aproximação, relação e cuidado, de políticas do encontro. Apresenta-se o acompanhamento de Violeta, uma criança com autismo. Ao longo da escrita, são pinçadas problematizações sobre: o trabalho grupal no CAPSij, a corporeidade das crianças e dos adultos e as estratégias de produção do comum. Tais questionamentos são potencializados pela composição com autores como Deleuze e Guattari, Fernand Deligny, Lapoujade e Lepecki. Concluiu-se que apostar na capacidade dos corpos de entrar em conexão ou acessar um comunismo primordial, ao desafiar o adultocentrismo e a redução da sensibilidade e afetividade corporal, podem ser estratégias disparadas na clínica da infância.
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