A construção do Método Terapia Ocupacional Dinâmica: uma produção não-dicotômica entre conhecimento e prática
DOI:
https://doi.org/10.1590/2526-8910.ctoAO286936731%20Palavras-chave:
Terapia Ocupacional, Terapia Ocupacional/História, Epistemologia, Prática Profissional, FilosofiaResumo
Introdução: A terapia ocupacional chegou ao Brasil sob a lógica da reabilitação e distanciada da realidade brasileira. Por isso, terapeutas ocupacionais lançaram-se à aventura de pensar a profissão e seus aspectos teórico-práticos a partir de seus contextos. Jô Benetton figura entre essas profissionais. Formada em 1970, iniciou um projeto de investigação que culminou na construção do Método Terapia Ocupacional Dinâmica – MTOD. Revisões recentes da literatura que se debruçam sobre a temática das construções epistemológicas, ao se utilizarem de mecanismos de indexação de revistas, apenas citam a obra da autora, sem explicitar suas contribuições ao campo e seu processo de construção de conhecimento. Objetivo: Elucidar aspectos do processo de construção do MTOD, de modo a compreender como foi ocorrendo a produção do saber a partir das situações práticas colocadas como objeto de estudo, que resultou na proposição de um referencial teóricometodológico específico da e na terapia ocupacional brasileira. Método: Pesquisa qualitativa, com dados provenientes de duas entrevistas com Jô Benetton e uma com Sonia Ferrari, analisadas tematicamente. Resultados: Foram identificados três temas principais que expressam como o MTOD foi sendo construído à luz de uma epistemologia pragmatista: 1) Inquietações, buscas e experimentações; 2) Invenções; 3) Emergência de um modo de pensar-fazer na prática. Conclusão: A construção do MTOD ocorreu de modo não-dicotômico entre produção de conhecimento e de cuidado, permitindo instaurar novas relações entre teoria e prática.
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