Comprometimento cognitivo e funcional em pacientes acometidos de acidente vascular encefálico: Importância da avaliação cognitiva para intervenção na Terapia Ocupacional / Cognitive and functional impairment in patients suffering from stroke: the importan
DOI:
https://doi.org/10.4322/cto.2013.054Resumo
Introdução: Acidentes vasculares encefálicos (AVE) podem gerar déficits motor, sensorial e cognitivo,
repercutindo no desempenho do indivíduo nas atividades cotidianas. Alteração em qualquer área cognitiva afeta
o engajamento ocupacional do indivíduo. Objetivo: Avaliar a capacidade cognitiva e funcional em pacientes
acometidos de AVE, mostrando a importância da avaliação cognitiva para a intervenção do terapeuta ocupacional.
Método: Estudo comparativo de delineamento transversal com amostra de 44 indivíduos entre 30 e 80 anos, de
ambos os sexos. Os sujeitos foram distribuídos em três grupos: grupo Adulto: 11 indivíduos acometidos por AVE,
com idade entre 30 e 59 anos; grupo Idoso: 10 indivíduos acometidos por AVE, com idade entre 60 e 80 anos; grupo
Controle: 23 indivíduos normais, com idade entre 30 e 80 anos. Testes avaliados: MEEM, teste do relógio, teste das
trilhas A e B e da capacidade funcional (BOMFAQ). Resultados: Alterações cognitivas foram identificadas nos
grupos Adulto e Idoso. O grupo Adulto mostrou pior desempenho no teste do relógio quando comparado ao grupo
Controle. Os grupos Adulto e Idoso foram piores no desempenho do teste trilha A (atenção). Ao utilizarem-se números
absolutos do teste trilha B (atenção visual, habilidade grafomotora e flexibilidade mental), não houve diferença
significativa nos grupos Adulto e Idoso em relação ao grupo Controle. O grupo Adulto apresentou maior prevalência
de comprometimento moderado/grave na realização das atividades cotidianas. Conclusão: Indivíduos acometidos
de AVE, na grande maioria, além de apresentarem comprometimento da capacidade funcional apresentam alterações
cognitivas que repercutem de modo negativo na realização das tarefas cotidianas, sejam elas ocupacionais, de lazer
ou de autocuidado. Verificou-se a necessidade da avaliação cognitiva para melhor direcionamento da reabilitação
e melhora na qualidade de vida.