Percepções de estudantes LGBTIQA+ sobre discriminação e barreiras durante sua formação em cursos da área da saúde
DOI:
https://doi.org/10.1590/2526-8910.ctoAO401739173Palavras-chave:
Diversidade Sexual, Discriminação Social, Atividades Cotidianas, UniversidadesResumo
Introdução: Fazer parte da comunidade LGBTIQA+ pode representar uma experiência desafiadora e complexa em uma sociedade heteronormativa. Estudos internacionais destacam diversas formas de discriminação que afetam este grupo, influenciando diretamente sua participação ocupacional. Este estudo foi realizado com a comunidade estudantil da Faculdade de Medicina da Universidade do Chile. Objetivo: Analisar as percepções de estudantes LGBTIQA+ sobre discriminação e barreiras à participação ocupacional na Faculdade de Medicina da Universidade do Chile durante sua experiência universitária. Método: Foi utilizada uma metodologia qualitativa com um desenho fenomenológico e alcance exploratório. A coleta de dados foi realizada por meio de doze entrevistas semiestruturadas com estudantes de graduação de oito cursos diferentes da Faculdade de Medicina. Posteriormente, os dados foram analisados por meio de análise de conteúdo. Resultados: A maioria dos entrevistados percebe múltiplas instâncias e formas de discriminação, bem como certas barreiras que impactam diretamente sua participação ocupacional. Essas discriminações afetam diversas ocupações, incluindo higiene e uso de banheiros, participação em aulas, atividades recreativas e extracurriculares e até mesmo o uso de transporte público. Categorias emergentes incluem críticas às políticas institucionais, a importância de redes de apoio e novas demandas identificadas durante as entrevistas. Conclusões: A Faculdade de Medicina é percebida como um ambiente heteronormativo que favoreceu algumas instâncias de discriminação contra a comunidade LGBTIQA+, limitando, assim, a plena participação ocupacional dos estudantes de diferentes maneiras. Além disso, foram levantadas preocupações sobre a insuficiente representação e cobertura curricular de questões de saúde relacionadas a essa população. Identifica-se a necessidade de continuar analisando a participação ocupacional de pessoas LGBTIQA+ no ensino superior e em contextos escolares em pesquisas futuras.
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